sexta-feira, 6 de julho de 2012

Dicas de interpretaçãoINTERPRETAR MUITO BEM.


INTERPRETAR MUITO BEM

As frases produzem significados diferentes de acordo com o contexto em que estão inseridas. Torna-se, assim, necessário sempre fazer um confronto entre todas as partes que compõem o texto.

Além disso, é fundamental apreender as informações apresentadas por trás do texto e as inferências a que ele remete. Esse procedimento justifica-se por um texto ser sempre produto de uma postura ideológica do autor diante de uma temática qualquer.

Como ler e entender bem um texto?

Basicamente, deve-se alcançar a dois níveis de leitura: a informativa e de reconhecimento e a interpretativa. A primeira deve ser feita de maneira cautelosa por ser o primeiro contato com o novo texto. Dessa leitura, extraem-se informações sobre o conteúdo abordado e prepara-se o próximo nível de leitura. Durante a interpretação propriamente dita, cabe destacar palavras-chave, passagens importantes, bem como usar uma palavra para resumir a idéia central de cada parágrafo. Este tipo de procedimento aguça a memória visual, favorecendo o entendimento.

Não se pode desconsiderar que, embora a interpretação seja subjetiva, há limites. A preocupação deve ser a captação da essência do texto, a fim de responder às interpretações que a banca considerou como pertinentes.

No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação daquele texto com outras formas de cultura, outros textos e manifestações de arte da época em que o autor viveu. Se não houver esta visão global dos momentos literários e dos escritores, a interpretação pode ficar comprometida. Aqui não se podem dispensar as dicas que aparecem na referência bibliográfica da fonte e na identificação do autor.

A última fase da interpretação concentra-se nas perguntas e opções de resposta. Aqui são fundamentais marcações de palavras como não, exceto, errada, respectivamente etc. que fazem diferença na escolha adequada. Muitas vezes, em interpretação, trabalha-se com o conceito do "mais adequado", isto é, o que responde melhor ao questionamento proposto. Por isso, uma resposta pode estar certa para responder à pergunta, mas não ser a adotada como gabarito pela banca examinadora por haver uma outra alternativa mais completa.

Ainda cabe ressaltar que algumas questões apresentam um fragmento do texto transcrito para ser a base de análise. Nunca deixe de retornar ao texto, mesmo que aparentemente pareça ser perda de tempo. A descontextualização de palavras ou frases, certas vezes, são também um recurso para instaurar a dúvida no candidato. Leia a frase anterior e a posterior para ter idéia do sentido global proposto pelo autor, dessa maneira a resposta será mais consciente e segura.

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Dicas de interpretação

Atenção:

Acima de tudo, é preciso ter em mente que a interpretação de um texto, seja qual for ele, precisa ser iniciada a partir de seus próprios elementos internos, o que significa dizer que o leitor não deve, a todo instante, prejulgar as idéias e a mensagem geral do texto fazendo associações com outras obras, apenas por parecerem semelhantes ao conteúdo que está lendo. Cada texto é uma história contada por uma pessoa que é única.

A boa interpretação será aquela que é iniciada e busca perceber, dentro de um senso comum o que o texto está sugerindo.

Para isso, é importante que qualquer estudante, pessoa disposta a interpretar o texto literário tenha, antes de mais nada, boa vontade e paciência.

1 – A leitura do texto deve ser silenciosa. Várias vezes, duas, três, quatro... tantas quantas vezes precisar. Geralmente bastam três. Evidentemente não dispomos de muito tempo.

Diante do fator tempo; então leia com o máximo de atenção, procurando identificar a Temática Central.

2 – Identificar o que o enunciado solicita. É muito comum o estudante, candidato errarem a resposta de uma questão por não ter percebido com exatidão, o que o enunciado deseja saber.

- Assim sendo, concentre- se em todas as palavras presentes no enunciado

- Um ponto muito importante: observe se o enunciado da questão está abordando o texto como um todo ou se faz referência a apenas uma parte do texto

3 – A escolha da melhor opção, em se tratando de uma prova de múltipla escolha.

- Chegamos ao ponto mais problemático de todos: a opção correta.

NOTA: É muito comum os candidatos se queixarem de que chegam a duas opções e sempre acabam marcando a opção errada.

Calma!!! Muita calma!!! Atenção!!! Eu digo o seguinte:

Se você conseguiu eliminar três das opções, chegou a duas e marcou a errada, mas uma delas estava certa, você estava no caminho certo. O que faltou foi um pouco mais de atenção, ou talvez quem sabe, um pouco mais de habilidade para conseguir perceber as minúcias das duas opções.

4 – Certificação das respostas.

Uma vez escolhida a opção tente verificar se nenhuma outra poderia ser aceita.

Tente ser isento nesta análise.

- Lembre- se de que, às vezes, uma vírgula é suficiente para modificar completamente a significação de uma frase.

Sempre tenha em mente que o texto literário é, por excelência, plurissignificativo, o que significa dizer que, sua significação extrapola uma simples leitura técnica. Para entendê- lo, é preciso, como dito anteriormente, decodificar as figuras de linguagem.

COMO FAZER ISSO?

Procure perceber o vocábulo em seu sentido denotativo (isto é, real) a partir daí, veja se, naquele contexto, o vocábulo está assumindo uma outra significação, ou seja, se está sendo utilizado em seu sentido conotativo. Relacione este vocábulo aos demais que estão a sua volta, na frase, até que como na montagem de um quebra- cabeça, todas as peças possam se encaixar devidamente. Não é um processo fácil, mas com prática constante se consegue atingir ótimos resultados.

Não só os alunos afirmam gratuitamente que a interpretação depende de cada um. Na realidade, isto é para fugir a um problema que não é de difícil solução por meio de sofisma (= argumento aparentemente válido, mas, na realidade, não conclusivo, e – que supõe má fé por parte de quem o apresenta).

Podemos, tranqüilamente, ser bem-sucedidos na interpretação de um texto.



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